Um encontro inesperado...

   Logo que cheguei em Angola estava eu, no mercado Martal, a busca de boas frutas para quebrar o ritimo dos sucessivos churrascos e ingestão de colesterol ( rs).
   Na gôndola de frutas pergunto os preços e converso com a Senhora que me atendia, foi então que um senhor simpático ali chegou, começou a perguntar sobre preços e, ao perceber que eu sou brasileiro, me perguntou de onde eu vinha. "_ Sou de Curitiba", respondi. Começamos a conversar e ele comentou que possuía amigos no Brasil, inclusive em Curitiba, e que havia estudado em Brasília. Num determinado instante fomos interrompidos por uma senhora que nos pediu licença e declarou-se fã daquele senhor que conversava comigo. Calado observei a alegria dela e a grande atenção que este senhor destinava para aquela mulher, escutando-a, agradecendo os elogios e beijando sua mão e sinal de respeito e agradecimento pela admiração que ela demonstrava ter por ele.
   Ela se foi e eu, curioso, perguntei a ele se era músico, pois a mulher havia comentado sobre com posições que fizera. Ele me respondeu, apresentando-se como Filipe Zau, e comentando ser compositor que inclusive compunha com parceiros brasileiros como Martinho da Vila e Djavan.
   Nos despedimos e na volta pra casa recorri a internet para saber mais sobre aquele simpático senhor, foi aí que percebi ter estado frente a frente com um dos expoentes da cultura angolana.
   Escrevo este texto não só pela importância deste senhor, porém por ter admirado tamanha simplicidade, humanidade e humildade naquela pessoa com quem estive apenas poucos minutos.

Pra conhecer melhor Filipe Zau clique aqui.

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